Papa no Paraguai atrai fiéis a atravessar a fronteira

No final da semana  passada o Paraguai recebeu uma visita especial. O país em que 89% da população se auto declara católica recebeu, pela segunda vez, um papa. A primeira foi em 1989, do Papa João Paulo II e essa foi a vez do vizinho, o argentino Francisco. Em sua visita a América Latina, o papa escolheu visitar três países: Equador, Bolívia e Paraguai. Três milhões de turistas eram esperados com a privilegiada visita.

Aqui na fronteira ao atravessar a Ponte da Amizade em diração ao Paraguai os fiéis estrangeiros foram recepcionados com mudas de plantas, a tradicional chipa paraguaia e panfletos com a agenda do papa e mapa para que os turistas pudessem se localizar sem dificuldades. No centro de Ciudad del Este o papa estava presente antes mesmo do dia marcado para a sua chegada, que foi nessa quinta feira. Uma escultura de areia que simulava a figura da Santidade foi a atração dos turistas que passavam por ali. Apesar de não vir até a cidade fronteiriça, os fiéis ficaram felizes com a presença do Papa e estavam confiantes de que a sua bênção traria benefícios a economia do  país.

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Escultura de areia simula o papa Francisco no centro de Ciudad del Este

Os paraguaios mostraram que são bons mesmo em recepcionar. Mesmo embaixo de chuva, jovens receberam o pontífice com uma cerimônia de tradições guaranis e um coro de músicas típicas. Do lado de fora do aeroporto, ele foi esperado com um cordão humano de 10 km, formado por 60 mil jovens. Atendendo a um pedido prévio, Francisco fez uma parada na prisão de mulheres Bom Pastor. A detentas o saudaram com um coral de 51 mulheres que cantava “Papa Francisco, bem vindo ao Paraguai”.

Em sua visita, o papa se reuniu com autoridades religiosas e políticas e representantes da sociedade civil. No sábado, sua primeira programação foi a visita ao hospital de pediátrico “Niños de Acosta Ñu” onde pediu proteção a infância. Em seguida, ele se dirigiu até o Santuário de Caacupe, para a celebração da Santa Missa. Durante a missa ele falou sobre a Guerra do Paraguai e pediu desculpas pelas atrocidades cometidas em nome da Igreja Católica no período de Colonização. A cidade é considerada a capital espiritual do Paraguai e a Virgem de Caacupe é considerada a padroeira do país.

Em seu último dia de visita, Francisco visitou uma comunidade carente. Lá ele experimentou comidas típicas e criticou a “fé não solidária”. Em Ñu Guazu, ele celebrou a última missa antes de deixar o país com cânticos em latim e em guarani, língua oficial no Paraguai. No fim da tarde de domingo teve um encontro com os jovens na costanera de Assunção e os desafiou a serem livres. As 19 horas o pontífice deixou o país, mostrando que sabe da importância de sua visita para a população. “Sei bem quanto se quer o papa no Paraguai. Eu também os levo em meu coração e rezo por vocês e por seu país”.

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Jovens recepcionam papa Francisco com cerimônia guarani